Durante a Plenária da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), os povos indígenas se organizaram para conhecer iniciativas de agroecologia e de resistência de seus parentes, outras/os indígenas, que vivem no Rio de Janeiro (RJ). 

Foram realizadas duas visitas no dia 16 de junho: uma na Aldeia Vertical da Estácio e, a outra, na Aldeia Maracanã. Participaram Thiago Awá Tupã Mirim, da etnia Tupi Guarani de São Paulo; Valéria Surubi Barbosa, da etnia Terena do Mato Grosso do Sul; Jairã, Povo Tingui Botó, de Alagoas; Suhyasun Pataxó, da Bahia; Natan Santana Macuxi, de Roraima; e Liina Apurina, do Distrito Federal; além de integrantes do Grupo de Trabalho Ancestralidades, da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), entre outras/os acompanhantes.

Indígenas e participantes da Plenária da ANA durante a primeira visita. Grupo de Trabalho Ancestralidades, da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) e secretaria executiva do XII CBA também estavam presentes.

Na primeira visita, as/os indígenas foram guiadas/os no espaço por Dauá Puri Dauá Silva, da etnia Puri – RJ. Dauá é “contador e caçador de histórias”, escritor, poeta, compositor, dinamizador cultural e membro do Movimento Indígena do Rio de Janeiro. Houve também um segundo momento na Aldeia Vertical da Estácio, guiado por Niara Puri, que apresentou seu cultivo de plantas medicinais no espaço, seu trabalho com a simbologia nativa dentro da medicina e contou como ela compartilha essas sabedorias nas universidades.

A segunda visita foi realizada na Aldeia Maracanã, onde resiste o povo Guajajara. Potira e cacique Gurutal receberam o grupo e apresentaram  a história de resistência indígena no espaço, que fica ao lado do Estádio Maracanã. Kaê Guajajara contou que a Aldeia é um espaço comunitário e de referência para o movimento indígena, onde foi implantada a Universidade Indígena Pluriétnica Aldeia Maracanã, local de afirmação da identidade indígena e ponte entre os saberes ancestrais e a sociedade. 

Essas visitas, que fizeram parte da programação da Plenária da ANA, também estavam inseridas na estratégia de mobilização dos povos indígenas e do Grupo de Trabalho Ancestralidades, da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), para o XII Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA), que acontecerá entre os dias 23 e 25 de novembro, no Rio de Janeiro (RJ). 

Indígenas e participantes da Plenária da ANA durante a segunda visita. Grupo de Trabalho Ancestralidades, da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) e secretaria executiva do XII CBA também estavam presentes.

Por Thainá Pinho, da secretaria executiva do XII CBA, e Helen Borborema, comunicadora popular da ANA.