Por Ana Carolina Dionísio (Caru)
A força da Agroecologia cresce quando seus territórios se encontram. Foi nesse clima de convergência que a organização do Encontro Nacional de Agroecologia (ENA) marcou presença no 13º Encontro Ampliado da Rede Ecovida de Agroecologia, realizado de 21 a 23 de novembro, em Santa Rosa (RS).
Em uma região profundamente marcada pela expansão da monocultura e pelo uso intensivo de agrotóxicos, mais de 800 agricultoras e agricultores, técnicas/os e consumidoras/es reuniram-se para debater, articular e projetar os próximos passos da construção agroecológica no Sul do país.

Durante a programação, representantes da comissão organizadora do ENA apresentaram a logomarca e a estrutura organizativa da 5ª edição do Encontro, que acontecerá em 2026, em Foz do Iguaçu (PR).
“Cada ENA tem sua história e seu legado — e no Sul não será diferente”, afirmou Roselita Vitor, do Coletivo de Articulação Política da ANA. Ela destacou que a participação ativa dos sujeitos que constroem a Agroecologia segue sendo um princípio central tanto para o ENA quanto para a Rede Ecovida. “O ENA não se faz sem o povo, não se faz sem as experiências”, reforçou.
Luísa Melgaço, da Secretaria do ENA, apresentou os elementos da identidade visual e a estrutura das comissões organizativas, convidando movimentos, organizações e coletivos a integrarem o processo. Ela também lembrou a relevância da Rede Ecovida no abastecimento de alimentos do ENA em 2018, ressaltando que redes de todo o país têm muito a aprender com suas práticas de cooperativismo, organização e certificação participativa.
Integrantes da Comissão Regional Sul do ENA falaram sobre a decisão da Rede Ecovida em acolher a realização do ENA no Sul e em Foz do Iguaçu, território de fronteiras e grande diversidade cultural. “É importante fincar a bandeira da Agroecologia num território dominado pelo agronegócio, como é o Oeste do Paraná”, afirmou Laércio Meirelles, da Comissão Regional.

Com a identidade visual apresentada e a mobilização em curso, o Rio de movimentos do 5° ENA segue ganhando força na convergência de redes, experiências, movimentos e povos que constroem e cultivam a Agroecologia no Brasil.
