Desde a última quarta-feira (11/09) acontece o Seminário Ampliado do GT Biodiversidade da ANA, com o lema “Agro-Socio-Biodiversidade: Direitos, Democracia e Agroecologia no Campo e na Cidade”. O encontro é realizado no Assentamento Contestado, que acaba de celebrar 20 anos de luta e resistências, localizado na cidade da Lapa, Paraná.
A Escola Latino Americana de Agroecologia (ELAA) com o seu recém-inaugurado Centro Cultural Casarão, espaço de promoção da arte e da cultura, é o cenário para troca de experiências entre sujeitos, organizações e movimentos sociais oriundos de todas as regiões do Brasil.
A metodologia do Seminário é baseada na troca de saberes e na articulação de iniciativas de manejo sustentável da biodiversidade. Na tarde do primeiro dia, o grupo conheceu as experiências de quatro organizações que promovem ações produtivas de multiplicação e preservação das sementes crioulas: a Rede Sementes da Agroecologia (ReSA), a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), o Movimento Camponês Popular (MCP) e a Bionatur.
Para Naiara Bittencourt, advogada popular da Terra de Direitos e integrante do GT Biodiversidade da ANA, “o Seminário objetiva fortalecer a articulação em rede dos movimentos populares, comunidades tradicionais e organizações na luta pela biodiversidade brasileira. Nesse contexto tão adverso, nos encontramos para trocar experiências e prosseguir com esperança. É na diversidade da agroecologia que encontramos forças e nos animamos.”
Existem na região Sul do país 18 feiras e festas de sementes, das quais participam cerca de 200 guardiãs e guardiões, que preservam variedades de sementes e conhecimentos tradicionais, passando-os de geração para geração. O encerramento do Seminário acontecerá no sábado (14/09), na Feira dos Guardiões e da Semente de Mandirituba-PR, considerada como um momento de celebração, união e valorização das cuidadoras e cuidadores da biodiversidade.
Texto: Giuseppe Bandeira