Em 20 de maio de 2010 a Diretora Executiva da Embrapa comunicou o lançamento da nova coleção de livros da Embrapa intitulada “Transição Agroecológica”.

 

Lançada a nova Coleção de livros "Transição Agroecológica" pela Embrapa

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Um desafio em busca da união entre a ciência, a pesquisa e o conhecimento tradicional, consolidado por meio da síntese dos diversos saberes, com qualidade, credibilidade, respeito à diversidade brasileira e ao conceito de sustentabilidade.

A partir desse referencial, pesquisadores e especialistas em agroecologia se reuniram na sexta-feira( 20) , pela primeira vez em Brasília, na sede da Embrapa Informação Tecnológica, para construir a mais nova produção editorial da  Embrapa, a coleção Transição Agroecológica.

Inédita no mercado voltado ao assunto, destinada a atender segmentos de público específicos, como técnicos e extensionistas, pesquisadores e estudantes, a série é resultado da parceria entre a Embrapa e a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-Agroecologia).

“Esse encontro é emblemático, porque representa a concretude, a materialização de um olhar mais amplo voltado à adequação ambiental, na forma de produtos de nível”, comentou a diretora-executiva de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Tatiana Deane de Abreu Sá. “Significa ainda o resgate do que está sendo desenvolvido a partir da concepção da agroecologia”.  A diretora participou da abertura da primeira reunião do Comitê Editorial da coleção, junto com o gerente-geral da Embrapa Informação Tecnológica, Fernando do Amaral Pereira, e da gerente de Produção Editorial, Mayara Rosa Carneiro, responsável pela coordenação dos trabalhos, representando a Unidade.    

Para o presidente do Comitê, João Carlos Costa Gomes, pesquisador da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS), a associação da Embrapa com a ABA-Agroecologia, trabalhando em conjunto na elaboração de publicações, representa um momento importante. “É de relevância histórica, principalmente para a Embrapa, que entra nesse tema para dialogar, contribuir para a sistematização do conhecimento, cujo interesse é visivelmente crescente dentro da Empresa”. A mesma opinião manifestou o vice-presidente do comitê, José Antônio Costabeber, representante da ABA, ao referir-se à importância do respaldo da Embrapa na parceria com instituições agroecológicas. “A Embrapa é a marca da pesquisa oficial”, disse ele.

O gerente-geral da Embrapa Informação Tecnológica, Fernando do Amaral Pereira, aproveitou a oportunidade para chamar a atenção sobre o interesse revelado pelo público durante os dias de Bienal Internacional do Livro, em São Paulo. “Os visitantes do estande da Embrapa procuraram muito as publicações sobre esse tema. Foi impressionante”, destacou, referindo-se ao fato de que meio ambiente e técnicas agropecuárias mais sustentáveis são demandas reais da sociedade nos dias de hoje.

Carência de editorial

O lançamento da coleção Transição Agroecológica, para Claudemir Fávero (ABA-Agroecologia), vai ser importante para suprir a lacuna na lista de referências bibliográficas brasileiras sobre o tema. “Falta material mais denso e que retrate a diversidade do Brasil”, afirmou. “Para o público mais acadêmico a disponibilidade ainda é pouca”. A mesma dificuldade foi confirmada pela professora Irene Maria Cardoso, da Universidade Federal de Viçosa e também membro do Comitê Editorial.

“Temos muita literatura cinza, não indexada, cartilhas, porém sem muito peso. Faltam as revisões, as sínteses do que está acontecendo no Brasil, para que o conhecimento fique organizado e ao mesmo tempo disponível”, disse.
Representante da região Amazônica, como ele mesmo se autodefiniu, o professor William Santos de Assis, do Núcleo de Ciências Agrárias, de Marabá (PA), da Universidade Federal do Pará, reconheceu que a expectativa para o lançamento da coleção é grande. “Nosso meio ambiente regional é complicado e por isso, a possibilidade de saber e participar de um momento de discussão como esse é espetacular, ainda mais diante do esforço conjunto que está sendo empreendido e que certamente vai beneficiar muita gente, em especial alunos de graduação, hoje carentes de bons conteúdos”, concluiu.    
    
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