Reforma agrária e regularização fundiária ainda são os maiores gargalos das políticas socioambientais do Brasil. Isso foi o que apontou os participantes do Encontro da Rede Cerrado – Etapa Minas Gerais / Bahia. De acordo com os presentes não é possível avançar em outras pautas sem que o acesso a terra seja garantido.
Além destas problemáticas os mais de 150 representantes de povos e comunidades tradicionais do Cerrado discutiram os principais conflitos socioambientais e os entraves para produção e comercialização agroextrativista.
O evento que contou com a parceria do Instituto Rosa e Sertão e da Fundação Pró-Natureza (Funatura), encerrou hoje com uma agenda positiva de ações e propostas para o governo avançar nas políticas em defesa da proteção do ecossistema e de seus povos.
A Rede Cerrado promoverá o total de cinco Encontros Regionais, englobando todos os estados de incidência do bioma – Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rondônia, São Paulo, Tocantins e do Distrito Federal. O próximo será realizado, nos dias 26 e 27 de julho, na Chapada dos Veadeiros e integrado ao Encontro de Culturas Tradicionais, que há treze anos acontece na região. Na sequência haverá uma edição em Tocantínea-TO e em novembro um evento em Campo Grande-MS e em Augustinópolis-TO.
A expectativa é que ao final dos encontros a Rede Cerrado construa um documento referência para um marco legal do Cerrado, baseado na garantia da segurança territorial, no uso sustentável da biodiversidade e na prática da agroecologia.
Leia o documento com mais informações, inclusive para as inscrições de participação.
(*) Divulgação Rede Cerrado.