Nos dias 9 e 10 de setembro, a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida realizou uma reunião nacional com participação de diversas organizações e comitês regionais.
A Campanha se reafirma como uma articulação nacional que luta para denunciar os efeitos dos venenos e do agronegócio e anunciar novos modos de organização da produção agrícola através da agroecologia.
Na reunião, foi lançado o novo panfleto da Campanha, que deve ser distribuído entre os comitês e entidades que compõe a campanha.
Como linhas de ação específicas, a Campanha segue denunciando o uso de agrotóxicos no Brasil proibidos em outros países. Após banir o Metamidofós e o Endossulfam, a Anvisa engavetou o processo de outras substâncias que já têm pareceres prontos desde 2012 indicando o banimento.
A isenção de impostos sobre agrotóxicos é outro ponto central de luta. Os agrotóxicos possuem no Brasil 60% de isenção padrão no ICMS, e isso chega a 100% em alguns estados. Da mesma forma, a Campanha segue sua luta contra a pulverização aérea. A prática, proibida na Europa desde 2009, vêm ocasionando a intoxicação constante das populações no entorno dos monocultivos.
Para os próximos períodos, a pauta de luta deve incluir a questão da água, fundamental para alimentar o debate sobre agrotóxicos no meio urbano. Hoje, apesar da portaria que obriga a análise de 27 princípios ativos de agrotóxicos (2914/2011), essa verificação quase não ocorre no Brasil.
Outros focos de ação da Campanha em todo o país se concentram no apoio aos Fórum de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, coordenados pelo Ministério Público, e na aprovação e implementação do Programa Nacional de Redução de Uso dos Agrotóxicos, no âmbito da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO).
(*) Matéria publicada originalmente no site da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.