Nos dias 14 e 15 de outubro, em Juazeiro (BA), foi realizado o Encontro Ecoforte de Redes Territoriais de Agroecologia, o primeiro encontro presencial com as 41 redes aprovadas no mais recente edital do Programa Ecoforte.

Foto: Helen Borborema/ANA
O evento foi proposto pela Fundação Banco do Brasil, pelo BNDES e pela Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Cnapo), da qual fazem partem a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA). O encontro marcou um momento importante de integração entre as redes, que começam a se preparar para a execução de seus projetos.
“As redes vão começar a executar os projetos aprovados no início do ano que vem, e os primeiros contratos estão sendo assinados agora. Inclusive, algumas dessas assinaturas ocorrerão no CBA”, explica Flavia Londres, da Secretaria Executiva da ANA.
O principal objetivo do encontro é alinhar o histórico e o contexto do programa Ecoforte, que já chega à sua terceira edição, além de criar um canal de diálogo entre as redes, os financiadores e a Cnapo. Esse espaço também servirá para o fortalecimento do monitoramento e da troca de experiências entre os participantes.

“Será compartilhada a experiência de sistematização do primeiro edital das redes do Ecoforte, que foi conduzido pela ANA, e apresentada uma nova proposta de monitoramento dos novos projetos”, acrescenta Londres.
Com essa nova etapa, o Ecoforte reafirma seu papel como principal instrumento da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO), fortalecendo redes, cooperativas e organizações que atuam pela transição para sistemas alimentares mais saudáveis, sustentáveis e justos.

Confira alguns depoimentos:
“O processo de articulação em rede nos permitiu voltar mais organizados e mais fortes. O Ecoforte é uma ação estruturante do Planapo.”
Rogério Dias
Instituto Brasil Orgânico |
Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO)
“Foi na pandemia que o Ecoforte mostrou toda a sua força. Foram as redes que estavam nos territórios que estavam coletando e distribuindo alimentos para as famílias necessitadas, e também mantendo a produção. Uma ação centrada nos territórios.”
Cláudia Zulmira
Fundação Banco do Brasil
“O Ecoforte tem sido um indicador do acesso às políticas públicas, tanto no sentido da gente entender os desafios como também de aprimorar a elaboração das políticas públicas, como a gente está fazendo, para elas serem mais adequadas à realidade e para atender às necessidades dos agricultores familiares.”
Ynaiá Bueno
Ministério do Desenvolvimento Agrário | Comissão Interinstitucional de Agroecologia e Produção Orgânica (CIAPO)
“Nós, da Asa, olhamos para o Ecoforte e para outras iniciativas de políticas públicas desse país como políticas estruturantes, assim como o Programa Cisternas e outros programas que valorizam os territórios, para a gente avançar na perspectiva de não retorno ao mapa da fome.”
Cícero Felix
Articulação Semiárido Brasileiro (ASA)
“A gente estar aqui, mais de dez anos depois do primeiro projeto (do Ecoforte), também mostra que essa é uma iniciativa resiliente, que já tem resultados, e agora também comprova o sentido da gente executar. Cada um aqui também tem esse compromisso de multiplicar nos territórios. “
Raquel Zanon
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES)
“Nossa visão de um Estado Democrático de Direito tem de ser de coprodução de políticas públicas.”
Paulo Petersen
Articulação Nacional de Agroecologia
“O Projeto Mapear não vai ser aquele monitoramento de fora, mas sim feito pelas redes nessa dinâmica da coconstrução.”
Edane Aciolly
Agência Francesa de Desenvolvimento