Foto: Ana Paula Soukef

De mãos dadas e com esperança, organizações, redes e movimentos sociais que constroem a agroecologia no Brasil seguem mobilizados rumo ao 5º Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), previsto para acontecer no primeiro semestre de 2026.

Entre os dias 08 e 12 de setembro, a cidade de Foz do Iguaçu (PR) foi chão fértil para mais uma etapa de preparação desse grande encontro que reunirá trabalhadoras/es do campo, das florestas, das águas e das cidades – de diferentes identidades socioculturais, além de técnicas/os, educadoras/es, pesquisadoras/es e estudantes.

Ao longo desses dias, comissões responsáveis pela organização do 5º ENA realizaram diversas reuniões e visitas técnicas. Ouvir, sentir e construir junto tem sido a marca desse processo.

Como resultado das reuniões e visitas, foi possível avançar na identificação de espaços para acolher o 5º ENA, bem como nos diálogos sobre a logística do evento e na busca por mais parcerias locais. Essa etapa preparatória também foi essencial para reforçar a importância de cuidar de aspectos centrais do ENA, como a comunicação, a alimentação e o bem-estar das pessoas, durante todos os dias.

Foto: Gregory Augusto Cunha

“Estivemos agora na nossa segunda visita de trabalho coletivo em Foz do Iguaçu. Nesses dias, a gente realizou reuniões de articulação política com organizações do território e visitas técnicas a espaços potenciais para a realização de atividades do encontro”, explicou Flavia Londres, integrante da secretaria executiva da ANA.

Segundo a representante da direção nacional do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Sandra Marli da Rocha Rodrigues, Foz do Iguaçu é um território de resistência histórica dos povos originários, além de ser berço do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na região oeste do Paraná. “É um território que tem uma diversidade de povos latino-americanos, porque nós temos a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), onde recebe educandos, educandas, professores dos diversos países aqui dessa região, da América Latina, da pátria grande”, comentou.

Foto: Ligia Tesser

Segundo Sandra, a realização do ENA em Foz do Iguaçu é de fundamental importância, porque não é só um evento, mas um processo organizativo que culmina num grande evento. “Vai ser também um processo de articulação, de fortalecimento das organizações locais, olhando para a nossa América Latina e não só para o Brasil”, explicou.

A mobilização para o 5º ENA segue firme: multiplicando passos, somando mãos e regando esperanças para manter viva a chama dessa grande construção coletiva.

Foto: Ligia Tesser