Nesta quarta-feira (05), Dia Mundial do Meio Ambiente, relembramos o I Seminário Nacional “Mulheres em Luta contra o Racismo Ambiental e por Justiça Climática”, realizado em Brasília, no Distrito Federal, entre os dias 16 e 18 de abril de 2024, pelo GT Mulheres da ANA, em parceria com a Articulação de Mulheres do Cerrado e a Marcha das Margaridas, que trouxe para a centralidade as experiências vivenciadas pelas mulheres em seus territórios e como as manifestações do racismo ambiental e estrutural se expressam.
Durante o seminário, foi elaborada uma carta política que sintetiza as demandas e propostas das mulheres em relação ao enfrentamento dessas questões, em consonância com os ideais de preservação ambiental e sustentabilidade. Os diversos depoimentos das mulheres alertam para a importância de movermos todos os esforços para a construção de saídas que enfrentem o modelo de Injustiça Climática, que tem atingido, sobretudo, mulheres negras e de Povos e Comunidades Tradicionais.
Assim, consideramos fundamental o enfrentamento das práticas de apagamento e negação da identidade dos povos indígenas; a invisibilidade das práticas tradicionais das comunidades quilombolas; a ameaça ao modo de vida tradicional através da expansão dos parques eólicos e das fazendas solares; a ameaça à vida das lideranças mulheres que são obrigadas a deixar seus territórios na luta por direitos; e a extinção do modelo de desenvolvimento baseado no agronegócio.
Para nós, mulheres do movimento agroecológico, neste Dia Mundial do Meio Ambiente, é tempo de reafirmar e reconhecer as práticas ancestrais femininas para a proteção e preservação da agrobiodiversidade e para a construção do bem viver!
Além disso, apontamos propostas dirigidas ao Governo Federal que devem repercutir positivamente entre os povos e comunidades tradicionais dos vários biomas.
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SE TEM RACISMO, NÃO HÁ AGROECOLOGIA! SEM FEMINISMO, NÃO HÁ AGROECOLOGIA!