“A gente trabalha aqui num modo de sustentabilidade, a gente gosta de trabalhar com diversidade… A gente não tá plantando alimento, a gente tá plantando saúde, né?” Assim como Mateus Rocha, agricultor familiar de Santa Bárbara (MG), milhares de famílias estão semeando relações saudáveis com o meio ambiente e entre as pessoas em todo o país, por meio da agroecologia. 

A proposta tem sido cada vez mais abraçada e defendida nos territórios, não só como modelo de agricultura sustentável, mas também como uma forma de transformar a realidade das pessoas nela envolvidas. Para falar dessas transformações a partir do olhar das próprias agricultoras e agricultores, a Articulação Nacional de Agroecologia lança, em parceria com organizações não governamentais atuantes em seis territórios, uma série de vídeos e podcasts que contam como, em diferentes locais, a agroecologia tem oferecido respostas aos desafios da conjunção de crises que atravessamos – climática, ecológica, econômica, sanitária. 

A conservação e multiplicação de sementes crioulas, as práticas ecológicas de recuperação da fertilidade  dos solos, os cultivos consorciados sem uso de  agrotóxicos e fertilizantes industriais, o cuidado com as fontes de água são alguns exemplos de ações lideradas pelas redes de agroecologia em diversos territórios do país, com a participação ativa das famílias agricultoras, movimentos sociais e organizações de assessoria. Aliadas a isso, circuitos locais e regionais de produção e consumo de alimentos mostram como a agroecologia ganhou escala nas últimas décadas, democratizando o acesso a alimentos saudáveis livres de agrotóxicos e transgênicos. As histórias mostram também as lutas por justiça social e convidam a promover a participação das mulheres e das juventudes nas decisões da família, nas comunidades, na economia e na política.

No momento de convergência de crises que atravessamos, é urgente repensarmos as formas de produção e consumo de alimentos. Na série Territórios da Agroecologia, vemos como esse caminho já vem sendo trilhado em diversos territórios do país. Confiança, diversidade, saúde, participação, transformação, alegria. Como declara o agricultor João Félix de Sousa do território do Sertão Central do Ceará: “eu sonho alto, mas minha altura é essa”.

Confira abaixo a programação: