A AMAAIAC – Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas realizou no último mês de maio, no Centro de Formação dos Povos da Floresta, na cidade de Rio Branco-Acre, um encontro regional dos Agentes Agroflorestais Indígenas (AAFIs). O evento foi realizado pelo Projeto “Território Indígena”, patrocinado pela Petrobras por meio do programa Petrobras Socioambiental e contou com o apoio dos parceiros e dos agentes agroflorestais indígenas das 04 Terras Indígenas (TIs) beneficiárias do projeto. O encontro contou com a participação total de 42 indígenas AAFIs de 18 TIs, contempladas indiretamente pelo projeto. Também foi uma oportunidade de divulgar os materiais elaborados pelo projeto, como DVDs, informativos, entre outros.
O evento abordou os resultados das atividades realizadas pelo projeto nas 4 TIs: Katukina Kaxinawá – Município de Feijó; Katukina do Campinas – Cruzeiro do Sul; Kaxinawá do Igarapé do Caucho e Rio Gregório – Tarauacá. Foi uma oportunidade de fazer um o balanço de tudo que foi executado pelo projeto desde 2013, como explica o AAFI Marcos Shanenawa: Nós fomos contemplados também com projeto e implantamos sementeira e viveiro, fizemos a modelagem de SAFs, manejo florestal até trouxe um pouco de semente para trocar com os parentes. Já temos frutos desse projeto e estamos incentivando, estamos empenhados a dar continuidade desse projeto, que está acabando mais temos muitos resultados alcançados.
Os agentes agroflorestais apontaram resultados significativos, tais como a realização do III Fórum dos AAFIs e 4 oficinas itinerantes sobre SAFs e produção agroecológica mobilizando mais de 700 representantes indígenas de 22 Terras Indígenas (TIs) e resultando no fortalecimento dos Sistemas Agroflorestais destas 04 TIs, através do plantio das quase 5.000 mudas e mais de 1 tonelada de sementes (1.119 kg) que foram doadas pelo projeto. Além da construção viveiros e sementeiras para produção de mudas e enriquecimento das áreas de manejo agroflorestal. Este trabalho também proporcionou o intercâmbio de agroflorestais de diferentes TIs e contabilizou carga-horária para formação de cada AAFI que participou das atividades desenvolvidas pelo projeto, uma vez que essas atividades fazem parte do currículo de formação (ensino médio-profissionalizante) desses profissionais da floresta.
Texto: Francisca de Lima Oliveira Costa, com colaboração de Marcos Catelli Rocha