O apoio e o voto de milhares de trabalhadores e trabalhadoras em todo o Brasil foram decisivos para assegurar a vitória da candidatura de Dilma Rousseff no primeiro turno das eleições presidenciais. O povo brasileiro demonstrou que quer manter e ampliar as conquistas que vem mudando a vida do povo do campo, especialmente os mais pobres.
No segundo turno, estão em disputa dois projetos políticos, um defendido por Dilma Rousseff, e o outro por Aécio Neves. O projeto neoliberal de Aécio Neves tem no centro da política econômica a redução dos investimentos para priorizar o pagamento das dívidas do Estado e a elevação das taxas de juros. Como no passado, esta política levará ao crescimento do desemprego, a redução de direitos trabalhistas e previdenciários, ao arrocho salarial e achatamento do salário mínimo, redução da capacidade de consumo interno, diminuição do crédito e enfraquecimento das políticas de proteção social. Da mesma forma, impedirá o avanço de conquistas importantes como a política de valorização do salário mínimo, o pleno emprego e a execução de programas como o Bolsa Família, Universidade para Todos, Minha Casa Minha Vida, dentre outros que poderão ser extintos ou reduzidos, afetando negativamente os trabalhadores e trabalhadoras.
Uma das características mais fortes do projeto neoliberal é a existência do Estado Mínimo que significa o enfraquecimento das instituições públicas. A diminuição do Poder do Estado coloca em risco as conquistas sociais que vêm mudando a vida do povo brasileiro, especialmente os mais pobres. Uma das medidas já apontadas será a extinção de ministérios estratégicos para os trabalhadores e trabalhadoras, podendo acabar com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Incra, Secretaria de Políticas para as Mulheres, Secretaria de Promoção da Igualdade Racial e Secretaria Especial da Juventude, dentre outras, o que trará muitos prejuízos para o povo e romperá com o importante processo de construção de políticas que asseguram direitos inéditos, especialmente para mulheres, juventude e pessoas da terceira idade.
O fim do MDA fará com que todas as políticas para o campo sejam concentradas no Ministério da Agricultura, como era no passado onde não existiam reconhecimento e ações específicas para a agricultura familiar e a reforma agrária. Não podemos colocar em risco nossas conquistas e retroceder no PRONAF e em outras políticas estratégicas para o campo, a exemplo da Habitação Rural, Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, PRONACAMPO, PRONATEC, Assistência Técnica, Plano Nacional de Agroecologia, nem na política territorial e previdência rural, dentre outras. Não aceitamos a volta ao passado e não retornaremos ao Brasil da recessão, criminalização da luta dos trabalhadores e trabalhadoras, repressão às organizações, redução de direitos e da exclusão social.
Defendemos o projeto de Governo representado por Dilma Rousseff porque queremos assegurar as conquistas alcançadas até aqui, especialmente aquelas asseguradas pela opção política de combater a pobreza e fazer inclusão social que retirou da miséria mais de 36 milhões de pessoas. Manteremos nossa luta para ampliar nossos direitos e garantir mais políticas que dinamizem o desenvolvimento rural sustentável e solidário, consolidando o campo como espaço onde as pessoas trabalhem, produzam e reproduzam qualidade de vida, valorizando a natureza e o patrimônio cultural e social, fortalecendo a organização, a democracia e a justiça no meio rural.
A CONTAG reafirma seu compromisso em reeleger Dilma Rousseff Presidenta do Brasil, e conclama a mobilização e a participação das 27 Federações e dos mais de 4 mil Sindicatos que representam cerca de 15 milhões de trabalhadores e trabalhadoras rurais para defenderem, de maneira firme e engajada, o projeto que vem mudando positivamente o País.
Trabalhadores e trabalhadoras rurais do Brasil, para continuar avançando em direitos, justiça e igualdade, vamos todos e todas votar e reeleger Dilma Rousseff, Presidenta do Brasil.
DIRETORIA DA CONTAG