Com o sorriso estampado no rosto e a garganta como microfone, cerca de 200 jovens de várias regiões do País chamaram todos para participar da plenária que abriu o circuito de debates e discussões do III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), na manhã desta sexta-feira (16), em Juazeiro, na Bahia.
A juventude canalizou e deu o pontapé inicial para a conversa acerca dos objetivos gerais do encontro. O momento foi construído a partir da Caravana Agroecológica e Cultural das Juventudes do Nordeste, que se posicionou para dar visibilidade e torná-la parte do III ENA.
A mobilização se deu para unificar os objetivos e somar forças para apoiar a agroecologia. Num mesmo lugar, representantes de todos os territórios expuseram as entidades a que pertencem, assim como os movimentos, as redes, os grupos temáticos. É necessário tornar a juventude parte do coletivo, “a juventude não é dissociada das outras classes do país, estamos presentes na educação, nas discussões, nas mobilizações…”, disse Bete, quebradeira de coco da região do Médio Mearim, integrante da Associação em Áreas de Assentamento no Estado do Maranhão (ASSEMA).
A plenária também debateu o tema central do III ENA: “Por que interessa à sociedade apoiar a agroecologia?”. Os jovens também discutiram a necessidade de se pensar um espaço nacional de articulação das juventudes do campo e da cidade, já que existem lideranças atuantes em diversos territórios.
Construir uma aliança e possibilitar a criação de novos grupos nas comunidades, descentralizando o processo de debates é fundamental para que temáticas como a agricultura familiar e a agroecologia possam ser mais difundidos. Diz Aí – Encerrando a plenária das juventudes foi exibido um dos episódios do Diz Aí Zona da Mata, Agreste e Sertão Nordestino, uma parceria do Canal Futura com as organizações Centro Sabiá e Caatinga, de Pernambuco, Assema do Maranhão, ASPTA da Paraíba, Cetra do Ceará e Sasop da Bahia. O vídeo trata das organizações de jovens desses estados que estão envolvidos em trabalhos com fundos rotativos na perspectiva de geração de renda e ações comunitárias.
Por Marcus Saymon e Ricardo Wagner (Comunicadores Populares do Fórum Cearense pela Vida no Semiárido) e Laudenice Oliveira (Centro Sabiá)