rsz alexandre sabiaPor Laudenice Oliveira,

O Nordeste já se prepara para a realização do III Encontro Nacional de Agroecologia (III ENA) que acontece no primeiro semestre de 2014. Organizações, articulações e Redes de seis estados do Nordeste estiveram reunidas dia 30 de abril, em Aldeia, Camaragibe-PE, para discutirem o processo organizativo do evento que tem o seu processo preparatório descentralizado. O ENA é realizado pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), que pretende reunir cerca de 2.000 pessoas no Encontro, entre agricultores/as experimentadores/as da agroecologia, profissionais e estudiosos do campo agroecológico, organizações de assessoria, redes, articulações e movimentos sociais de diversas vertentes.

 

O ENA chega na sua terceira edição com a preocupação de manter a estratégia de discutir a agroecologia a partir das experiências vivenciadas e praticadas pelas famílias agricultoras nos seus territórios. Mas este terceiro Encontro traz um elemento novo, na sua metodologia de preparação. No processo preparativo, a grande novidade são as caravanas regionais que visitarão áreas onde o conflito no campo social e ambiental esteja instalado e haja reações por parte dos movimentos organizados. “O espaço é para reflexão e para perceber como as experiências agroecológicas estão fazendo o movimento de contra hegemonia frente ao agronegócio. Dialogar para construir processos de reação mais coletivos, que é desafiador”, explica Carlos Eduardo Leite, que faz parte da Comissão Organizadora Nacional do III ENA. O coordenador geral do Centro Sabiá, Alexandre Bezerra Pires, também faz parte da Comissão Nacional.

O encontro de Aldeia contou com a participação de 33 representações de organizações, redes, articulações e movimentos de diversos campos de atuação, que formaram o Coletivo Nordeste de Preparação ao III ENA. Esse fórum conduzirá todas as ações destinadas a preparação do ENA que ainda não tem data e local de realização definidos. “É um momento novo para a ANA, porque é o primeiro encontro que a gente faz com uma articulação mais ampliada com a sociedade civil em temas que são correlatos conosco”, ressalta Carlos Eduardo.Ele lembra que o lema do próximo ENA é: Por que a agroecologia hoje é importante para a sociedade brasileira?. “Queremos construir um campo de acumulação para que a gente possa fazer um diálogo mais fácil com a sociedade, para que ela possa entender mais claramente porque a agreocologia é importante para o desenvolvimento brasileiro”, conclui Eduardo Leite.

(*) Matéria publicada originalmente no Centro Sabiá.