contag encontro camponesesPor Maria do Carmo de Andrade Lima, da Contag

Animados e afinados, os representantes dos movimentos sociais de luta pela terra estiveram reunidos na sede da CONTAG durante toda a manhã e tarde dessa quarta (15), fechando os detalhes do Encontro Unitário dos Trabalhadores (as) e Povos do Campo, das Águas e das Florestas, que acontece de 20 a 22 de agosto, em Brasília. Compondo a mesa de abertura, Willian Clementino (CONTAG), Lásaro de Souza Bento (FETRAF) e Nei Zawaski (MST). Fazendo a saudação de abertura, a vice-presidente e secretária de Relações Internacionais da CONTAG, Alessandra Lunas: “As expectativas com relação ao encontro nos espaços por onde andamos são as melhores possíveis. Isso mostra que estamos mexendo com as estruturas”, afirma Alessandra, referindo-se à inquietação que já começa a despontar em várias falas de representantes do agronegócio e do governo. “Estamos surpreendendo com nossa unidade, com nossa organização e com nossa autonomia”.

Lázaro Bento, da FETRAF, mostrou-se entusiasmado com o empenho geral nos trabalhos “Estamos construindo uma ação conjunta que, certamente, é a primeira de uma série de outras que vão compor uma agenda futura. Estamos comprometidos e motivados para isso”.

Comemorando, Willian Clementino expressa sua satisfação: “Estamos muito alegres por termos chegado até aqui. Esse é um momento ímpar, porque estamos às vésperas dos 50 anos da CONTAG, momento em que redefiniremos muitas das questões ligadas à reforma agrária em nosso país”. O dirigente sindical também criticou em sua fala a atuação do Estado brasileiro nas ações para o campo e com relação à reforma agrária que, segundo ele, têm sido muito tímidas. “Estamos unidos nessa mobilização em torno de uma reforma agrária que aconteça de fato, com um conjunto de políticas para o desenvolvimento do país, e não como simples distribuição de terras. Sabemos que a reforma agrária no Brasil está parada e por isso nosso desafio se torna ainda maior no sentido de fazê-la acontecer”, afirma Clementino.

À tarde, foram formadas comissões de trabalho para apresentação de demandas e estratégias de execução de ações para que todas as etapas da mobilização sejam garantidas.

O Encontro Unitário dos Trabalhadores (as) e Povos do Campo, das Águas e das Florestas tem por objetivo fortalecer a luta pela reforma agrária, fazer pressão no governo e dialogar com a sociedade sobre os direitos dos trabalhadores (as) rurais e o papel estratégico da reforma agrária no desenvolvimento agrário e econômico do Brasil.

(*) Reprodução da página da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag)